17/09/2012

Capitulo 6 - Bitch Teacher


Boa leitura!
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6. Bitch Teacher

- Hm, pelo visto a noite foi boa com o Bieber, estão até sentando juntinhos e sem brigar. – Ele riu e idiotas como ele acompanharam.
- Vai arrumar o que fazer, vai.
- Tudo bem, mas diz aí: foi bom?
- Não é da sua conta, mas posso dizer que mesmo sem ter feito nada, foi melhor do que seria fazendo qualquer coisa com você.
- Ai, fiquei magoado. – Ele colocou a mão no coração como se sentisse dor.
- Ótimo!
Ele se afastou e foi sentar em algum lugar no fundo da sala. Em seguida a sra. Dodds entrou na sala com aquela cara de “Deveria estar no meu habitat natural, ou seja, no pasto” e me olhou surpresa ao sentar na mesa. Eu simplesmente odeio aquela professora de francês desde a primeira aula dela no meu colégio em Los Angles, e acredito que o sentimento seja recíproco. Ele me fulminou com o olhar e começou a aula. Ela falava tudo o que eu já sabia em francês com se mugisse. Cansei da voz dela e coloquei os fones novamente, com o cabelo solto do jeito que estava ela não perceberia.
Eu a encarava como se estivesse interessada no que ela dizia, mas chegou um ponto da aula que cansei. Aumentei o volume da música e viajei nos meus pensamentos. Quais era eles? Meu pai. Ele me fazia muita falta e se ele ainda estivesse vivo, eu não estaria aqui. Senti uma coisa estranha e percebi que Justin chutava minha cadeira, indicando a professora. A olhei e ela me encarava como se esperasse algo.
- Por que me olhas, sra.Dodds?
- Estou esperando.
- O quê? O que está esperando?
- A reposta de minha pergunta.
- E qual foi sua pergunta?
Metade da sala riu e ela inspirou fundo antes de perguntar novamente. – Qu'aimez-vous faire dans votre journée-à-jour quand je avais treize ans? O que você gostava de fazer em seu dia-a-dia quando tinha treze anos?
- C'estpastes affaires! Isso não é da sua conta!– A sala inteira pareceu entender e riu novamente.
- Responde, garota.
- Ah, faz um favor a si mesma e volta pro puteiro onde é o seu lugar – Dessa vez toda a sala explodiu em gritos e “Ais” e “Uis”.
- Miley Ray, PRA SALA DO DIRETOR. AGORA! – Ela gritou e a turma se calou.
- Qual minha outra opção, a não ser obedecer a vadia em questão?
- Como?
- Ta surda?
- Já chega, pra direção. E vou cuidar para que a senhorita receba uma SUSPENSÃO! – Ela disse tentando me intimidar. Fail!
- Finalmente Deus ouviu minhas preces! – Continuei zombando. Peguei minha mochila e saí da sala. No corredor, em vez da sala do diretor eu fui para a saída. Finalmente livre. Ou não.
Eu já estava no estacionamento quando Justin começou a me gritar. Olhei pra trás e ele corria todo atrapalhado com a mochila e dois livros na mão.
- Miley!
- O que você quer, Justin?
- Você é maluca, sabia?
- Já me disseram isso. Por que ta me seguindo... de novo?
- Acha que eu sou burro? – Eu ia interromper, mas ele não me deu chance de falar - Tinha certeza que você não ia pra direção e não posso deixar você sair sozinha por ai!
- Ava! Sério? – Inacreditável.
- Sim.
Andamos até o carro dele e entramos no mesmo. O porteiro não queria nos deixar sair, mas o Justin prometeu ingressos premium pras sobrinhas do porteiro e ele liberou a saída.
- Pra onde vamos? – Perguntei
- Bom, minha mãe não ta em casa, então podemos ir no shopping pra almoçar e depois fazer alguma outra coisa...
- Ta, mas eu escolho pra onde vamos depois! – Ele me olhou desconfiado, mas concordou.
Chegamos nos shopping e ficamos andando por um tempo, em silêncio. Eu entrei numa loja de discos e fiquei tentada a comprar um dos Rolling Stones, mas percebi que não tinha levado dinheiro e não iria pedir pro Justin. Sem chances.
- Vamos ver um filme?
- Eu e você? No cinema? Ta louco! – Gargalhei, porém ele falava sério.
- Por você... – Ele sussurrou de cabeça baixa e eu fingi que não ouvi. – Mas é sério, o que mais dois adolescentes que acabaram de fugir do colégio poderiam fazer?
- Não sei, mas não vou no cinema com você!
- Tem medo de mim? Relaxa, eu não mordo. – Ele piscou.
- Você que deveria ter medo de mim...
- Ok, então eu vou ter medo de você enquanto estivermos vendo o filme, pode ser? – Pra falar a verdade, eu não queria ir pro cinema com ele por causa do que aconteceu em seu quarto. Ele ficou me encarando até que eu me rendi.
- Certo, nós vamos, mas você vai pagar meu celular depois do filme.
Fomos até o cinema do shopping e compramos ingresso pra um filme de ação que estava em cartaz e depois compramos uma pipoca gigante, refrigerantes e M&M.
Com certeza vai parecer clichê de filmes românticos, mas justo quando eu fui pegar pipoca ele resolveu pegar também, nossas mãos se tocaram e eu senti uma corrente elétrica passar pelo meu corpo, esperava que ele tirasse a mão dele de cima da minha, mas ele não fez. Em vez disso ele sorriu em seu lugar. Eu estava desconfortável, mas não me mexi. Nesse momento a idiota era eu, não ele.
O filme finalmente acabou e nós saímos da sala num silêncio mortal. Continuamos andando pelo shopping e passamos pela loja da Apple e eu lembrei do celular que ele me devia.
- Preciso ir ali. – Falei chamando sua atenção e amostrando a loja.
- O quê? Você quer comprar sapatos?
- Não, lesado. Você me deve um celular, lembra? Vamos comprar agora!
- O quê? Isso é exploração!
- Da próxima, lembre-se de não assustar uma garota na beira da piscina.
O puxei até a loja. Entramos e eu fui olhar os iPhones. As únicas duas vendedoras me ignoraram completamente e foram falar com Justin. Elas não paravam de dar risadinhas e passar a mão no cabelo. Ridículas. Enquanto eu decidia entre o iPhone 5 branco ou preto Justin me chamou.
- Miley...
- Eu...
- Perfeitas pro seu novo celular. – Ele me mostrou várias capinhas dele mesmo.
Comecei a rir. – Sonhe, Bieber, sonhe! Já disse, não sou Belieber, não sou sua fã. Nem mesmo gosto de você, por que eu iria querer capinhas com a sua cara?
Ninguém disse nada. Mas era verdade, droga. Justin guardou as capinhas no lugar e as vendedoras me encaravam tipo “Essa garota tem problemas, ta com o Justin Bieber e trata ele assim?” Certo.
- Aqui Justin, já escolhi. – Resolvi ficar com o branco.
- Hm, ok. – Ele pegou o celular da minha mão, sério, e foi até o caixa.
As vendedoras pediram uma foto com ele – que concordou. Ele sorriu como se eu não tivesse acabado de diminui-lo na frente de duas fãs. Por alguns segundos eu me senti mal, mas eu não ligo pra ele, então logo passou.
Saímos em silêncio da loja e o silêncio me incomoda muito. Eu sei que disse coisas que não deveria ter dito, apenas pensado, mas eu tenho necessidade de conversar quando estou com alguém.
- To com vontade de comer churros.
- Mas você acabou de comer um balde de pipoca...
- E daí? Agora eu quero churros.
- Vai ficar gorda.
- E quem liga?
Dito isso ele comprou churros pra mim e pra ele e nos sentamos em uma mesa próxima. Logo alguém o gritou.
- Justiiin!
Continua...
Comentem!
~Biia