POV
Justin
Voltei pra gravadora.
Alfredo estava lá assistindo um filme. Falei pra ele da chamada de vídeo que
recebemos, ele achou muito estranho e procurou no notebook rastros da ligação e
nada, Usaram um computador fantasma para fazer a ligação. Um tempo depois Scoot
ligou. Ele disse que conseguiu um vídeo de quando a SeuNome entrava no carro e
que iria levar pra eu ver.
25 minutos haviam se passado
e eu estava impaciente andando de um lado pro outro, Alfredo não achava nada da
ligação e o Scoot não chegava nunca.
- Justin, relaxa ai cara,
ele já vai chegar com a fita, ela deve estar bem, vai que é só ela dando um
perdido?!
- Eu estava acreditando
nisso, até encontrar o celular dela e receber a ligação!
- Vai que ela bolou isso? –
Ele já estava me irritando.
- Alfredo, cala a boca e
procura, já ta me irritando!
Ele resmungou algo que não
prestei atenção e o Scoot chegou.
- E ai, cadê a fita? –
Perguntei.
- Ta aqui.
Ele entregou pro Alfredo que
botou no notebook dele e o colocou em cima da mesa pra todos vermos.
- Como conseguiu que te
entregassem?- Perguntei enquanto o DVD rodava.
- Prometi um encontro com a
filha do chefe com você e entradas grátis pro seu próximo show!
- Que legal, sempre as
minhas custas.
- Não reclama, você queria
as filmagens...
- Vai começar. – Alfredo
disse interrompendo o Scooter.
A filmagem começava comigo
falando com a Seunome para desligar a musica e mandar todo mundo embora, depois
aparecia ela sendo levada por um “policial” e me gritando, até que eu a deixei
ir. O cara a colocou no carro e em seguida entrou. Um outro cara fardado já
tinha entrado no carro e deu partida. E foi o fim da gravação. Achei muito
estranho, eles terem uma gravação com exatamente o que eu queria... E isso não
tinha ido ao ar.
- Pronto, já tem a gravação,
agora pega a placa do carro.
- Não, espera. Eu já vi esse
cara em algum lugar. – Alfredo disse voltando um pouco a gravação, era o cara
que levava a Seunome para o carro.
- Como assim?
Ele deu zoom no rosto do
cara e recortou, pesquisando o rosto dele em um programa de reconhecimento que
tinha no Computador. Perguntei-me por que ele tinha esses programas no Note,
mas resolvi deixar pra lá.
Em poucos segundos o
programa deu resultado, o nome do cara era Joseph Middleton, um criminoso
procurado.
- O que um criminoso
procurado ia querer com a Seunome? – Scoot perguntou.
- Também quero saber! –
Disse.
Alfredo procurou pelo outro
cara, o que dirigia. Bill Bannerman, um ex-policial, que foi demitido e preso
depois de traficar armas, a pena havia acabado 3 semanas antes da Seunome
sumir.
Agora por que eles a
sequestrariam? E o que um garoto de no máximo 18 anos teria haver?
- Achei o carro. – Disse o
Alfredo
- E onde tá?
- A 240 km do local em que o
celular estava.
- Isso é fora de Atlanta...
- Sim!
- Fui.
Peguei o Note e desci pelas
escadas, não tinha tempo pra esperar o elevador. Entrei no meu carro e fui até
a casa do Matthew. Cheguei lá ele estava colocando umas coisas em um carro. Um Camaro
SS Vermelho. Ele me viu chegar e parou o que estava fazendo.
- Chegou cedo de mais.
- (Bufei) To mais preocupado
com a Seunome do que com hora!
- O que achou?
- O carro e quem a levou.
- Onde está e quem foi?
- O carro ta fora de Atlanta,
a 240 km da estrada que estava o celular e os caras, um era ex-policial e o
outro é um criminoso procurado.
- Então vamos até lá. –
Concordei, indo em direção ao meu carro. – Onde ta indo?
- Pro meu carro, oras.
- Vamos nesse aqui!
Eu ia reclamar isso, mas
resolvi entrar no carro dele, a Seunome pode estar em perigo, mesmo ela sendo a
pessoa mais irritante do mundo e sentia que precisava salva-la e deixa-la em
segurança.
Ele entrou no carro e deu
partida. Ele voava pelas ruas com aquela maquina, se eu não estivesse
concentrado teria perguntado onde ele havia conseguido o carro. Com certeza vou
comprar um desse pra mim!
Em menos de 40 minutos já estávamos
perto de onde o carro estava. No caminho eu o mostrei os caras e o carro. Ele
parou na esquina de uma rua e saiu do carro me chamando. Sai em seguida, ele
abriu a porta malas, lá tinham umas armas e munição. Fiquei surpreso, nunca
havia chegado perto de armas de verdade, só as de mentira de quando participei
de CSI. Aquele garoto era maluco!
- Eu não vou usar isso. –
Disse rápido saindo de perto, quando ele pegou uma e carreou.
- Ah, para com isso, é por
uma boa causa.
- Eu não quero matar
ninguém.
- E quem disse que você vai
matar alguém? É só para você se proteger, pensa que você ta em CSI de novo...
- Ah claro, não sei se você
sabe, mas eu morri lá!
- É só não morrer, ué. Para
de drama, pega logo isso e entra no carro.
Eu não estava acreditando
que tinha aceitado entrar naquela loucura. Tentei esquecer quem eu era e me
concentrar nela, apenas nela. Peguei logo uma arma Calibre 45, a carreguei e
entrei no carro. Ele deu partida e dois quarteirões depois viramos a esquerda.
Não tinham casas nem nada, de um lado tinha um fábrica e do outro tinham uns
terrenos vazios e um prédio de esquina que parecia abandonado, porém, havia um
carro na frente, uma viatura, a viatura.
Ele virou a esquina, tinha
uma porta pequena de entrada no prédio, ele parou na frente da porta.
- É o seguinte, vamos entrar
por essa porta, fica alerta e atira em qualquer um armado ou não armado, e não deixa
te acertarem, eu vou na frente te dando cobertura e você procura ela.
- Ok. – Odeio receber
ordens, mas nesse caso eu as obedeceria.
Saímos do carro ele arrombou
a porta com um chute, subimos as escadas, tinham dois caras parados, ele deu
com a arma na cabeça do primeiro e um no rosto do segundo. Era um grande
corredor com várias portas, não havia mais ninguém no corredor. Seguimos pro
lado que tinham mais portas, ele chutava as portas e eu olhava pra ver se
encontrava alguém, nas primeiras quatro não tinham ninguém, na quinta quando
ele chutou quatro caras se viraram, dois atiraram, mas ele foi mais rápido
atirando nele, ele fez sinal pra eu eu seguisse e eu fui. Chutei a ultima
porta, tinham dois caras, atirei neles antes que eles pudessem atirar em mim, e
ela estava lá, sentada no chão, com uma venda, uma mordaça e com as mãos
amarradas pro alto. Corri até ela, tirando a venda, ela me olhou muito surpresa,
tirei o cabelo dela do rosto e o alisei. Me perdi olhando os olhos claros(AnimeSpirit)/escuros(Aqui)
dela e ela olhava fixamente pros meus.
Matthew entrou na sala e eu
fui rápido tirando o pano que servia de mordaça e desamarrando as mãos dela e
em seguida a ajudando a levantar. Ela levantou com dificuldade por conta do
salto que usava, me olhou sem reação e foi até o Matthew dando um abraço nele
seguido de um beijo. Me senti mal, não sei o porque, talvez eu saiba, mas não
queira acreditar...
Saímos da sala, voltando
pelo caminho que viemos. Mais dois caras apareceram, Matthew começou a atirar
demorando pra acertar, coloquei a Seunome atrás de mim em um ato rápido pra protege-la
dos tiros que vinham em nossa direção. Mais homens apareceram e eu comecei a
atirar também, conforme eles foram caindo fomos avançando, até conseguir descer
a escada, saímos de lá entrando no carro, ele deu partida e um cara saiu
atirando contra o carro, fazendo o vidro traseiro se quebrar em cima da Seunome
que se protegeu abaixando a cabeça. Virei pra trás descarregando a arma, dando
3 tiros certeiros nele, um na perna, que o fez cair e dois na região do peito.
Continua...