Capitulo 4 - Why?

Boa Leitura!

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4. Why?

Bati duas vezes na porta e ouvi um “entra” baixinho. Abri a porta devagar e coloquei a cabeça dentro do quarto, em seguida entrei fechando a porta atrás de mim. Justin estava apenas de bermuda sentado na cama mexendo no notebook.

- O que você quer? – Ele perguntou seco. Eu não tinha notado antes, mas ele até que era boniti.. Não pera, ele era muito gostoso, isso sim. – Hein?

Ele disse me fazendo acordar do meu transe.

- Eu sei que sou lindo, mas você podia disfarçar.

- Idiota.

- Vai, pode dizer, ninguém resiste ao meu swag. Nem mesmo você...

- Cala a boca, Justin. Deixa eu falar. – Ele calou a boca e me olhou. – Por que você me defendeu do Matt e disse pra sua mãe que tinha me levado pra sair?

- Porque... Quando alguém ta sendo obrigado a fazer algo que não quer, principalmente o que ele pretendia fazer com você, alguém tem que fazer algo pra ajudar. E não tinha ninguém ali além de mim.

- Okay, vamos fingir que você é um cidadão exemplar que adora ajudar o próximo.

- E no caso da minha mãe, se considere muito especial, porque eu nunca minto pra ela! – Ele continuou, me ignorando.

Nossa, mas que menino exemplar. – Se você nunca mente pra sua mãe por  que resolveu fazer isso logo por mim?

- Não foi por você! – Ele tirou o notebook do colo o colocando na cama. Ele levantou e deu alguns passos e parando próximo a mim.

- Então foi por quem? Porque, pelo que eu saiba, só nós dois estamos envolvidos.

- Você faz perguntas de mais, sabia?

- Não, não sabia.

Ficamos nos encarando até ele finalmente dizer algo.

- Já respondi suas perguntas, agora deixa eu dormir.

- Você ainda não me convenceu, então não sairei da aqui até você fazer! – Por que eu tava insistindo tando?

POV Justin

To começando a me arrepender de ter botado o Matthew pra correr, se eu tivesse deixado ele continuar o que pretendia fazer talvez ela fizesse menos perguntar. Essa garota faz perguntas de mais que eu não sei responder. Por que eu mento pra minha mãe por ela? Sim, foi por ela, e não, eu não sei o porque de tal coisa. É só que ela tem algo que me atrai e me faz cometer loucuras, aquele jeito meio rebelde que a deixa sexy... O que você ta pensando Bieber? Essa garota é encrenca e logo vai embora... Ah que se dane, ela está aqui agora, então esse é o momento.

POV Miley

- Quer realmente saber? Então tá. De todas as pessoas ruins que existem no mundo você escolheu a pior pra fazer amizade e viver uma aventura. O Matthew é assim, ele sempre faz a mesma coisa com todas as garotas. No começo parece amigável, mas no fim das contas ele só come e joga fora e com você não foi diferente e eu já estou de saco cheio disso, então tirei você de lá.

Okay, agora foi convincente, mas eu me recuso a acreditar que ele faria isso comigo. Eu acabei de conhecê-lo, mas ele não parecia o tipo que fazia isso, ele era apenas um garoto mal compreendido e nesse quesito eu entendia bem.

Então ele se aproximou mais de mim, perto o suficiente pra eu sentir sua respiração quente.

- E se eu falasse pra minha mãe você ia se ferrar muito!

- Mas quem iria se ferrar era eu...

- Então eu vou lá falar a verdade pra minha mãe. – Ele me contornou pegando a maçaneta da porta e abrindo um pouco. Por impulso eu segurei o braço dele.

Ele parou e fechou a porta, virou pra mim ficando mais próximo que antes. Foquei instantaneamente em seus olhos cor de mel, ele olhava fixamente pra mim. Eu ainda segurava seu braço, então com a mão livre ele tirou uma mecha do meu cabelo que caiu quando me virei e o prendeu atrás da minha orelha e pousou a mão em meu rosto. Eu o odiava, mesmo antes de conhecê-lo, mas ali, naquele momento eu não consegui recuar. Na verdade eu nem sabia ao certo porque eu não gostava dele, era um ódio sem motivo que se perdeu naquele momento.

Ele aproximou seu rosto do meu, sem desviar o olhar ele selou os lábios nos meus. A sensação era ótima. Fechei os olhos e resolvi corresponder. Sua mão passou para meu cabelo e as minhas para sua nuca, ele pediu passagem pra língua e ouvimos o bater de uma porta, o que fez nós nos separarmos sem hesitar num pulo. Desviei o olhar e pude notar que ele ainda me olhava.

- Isso nunca aconteceu e não faça mais isso. – Disse secamente, passando por ele e saindo do quarto sem olhar pra trás.

Como isso foi acontecer? O que deu em mim pra deixar ele me beijar e ainda corresponder? Eu estava confusa e completamente revoltada, quem ele pensava que era pra fazer isso? Entrei no meu quarto e me deitei embaixo dos cobertores, torcendo pro sono chegar logo e eu parar de pensar nele.

Então era isso? Eu estava pensando nele? Como eu faço para parar e encarar ele o sábado inteiro? Eu estava completamente maluca. Eu precisava voltar pra casa, mas pelo visto teria que alguentar ele por muito mais tempo.

Continua...